terça-feira, 5 de julho de 2016

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Orientações para Pesquisa Individual/ Tema: Sistema Eleitoral Brasileiro

Deverá ser usada para responder às questões propostas pela professora em sala de aula na data marcada.

Introdução: Pelas regras atuais, as eleições para presidente, governador, prefeito e senador seguem o sistema majoritário. No caso de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, o sistema utilizado hoje é o proporcional com lista aberta. É possível votar tanto no candidato como na legenda em alguns casos. As críticas em relação a esse sistema são inúmeras, as principais dizem respeito a complexidade do sistema eleitoral em si e a utilização mesclada dos sistemas eleitorais proporcional e majoritário. Por isso, muitos defendem uma reforma política.


Temas a pesquisar: Sistema Presidencialista. Parlamento brasileiro (quem compõe). Funções (as mais básicas) dos cargos do legislativo e tempo do mandato: Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador. Funções (as mais básicas) dos cargos do executivo e tempo de mandato: Prefeito, Governador e Presidente. Voto direto e secreto. Voto nulo e em branco. Quando (data) ocorre 1º turno e 2º turno (em que casos ocorre 2º turno). Quantos partidos políticos temos hoje no Brasil e quais são. O que entende-se por direita e esquerda política, busque exemplos de partidos que se considera de direita e de esquerda. Coligações políticas. Diferencie sistema eleitoral majoritário e proporcional. Voto de legenda. Propaganda nas eleições (o que é permitido). Financiamento de campanha (o que é permitido). Você também pode incluir outras informações que achar interessantes. 

terça-feira, 15 de março de 2016

Datas das provas de Sociologia - turmas do Matutino - Primeiro Trimestre

Data
Turma
27/04
3º adm vesp. História
27/04
2º inf vesp. História
28/04
2º log vesp. História
28/04
2º bibl. Mat. História
29/04
1º inf vesp. História
03/05
2º adm Mat.  Sociologia
03/05
2º adm Vesp. História
04/05
2º mod. Mat. Sociologia
04/05
2º Bibl Mat. Sociologia
04/05
2º Inf. Mat. Sociologia
05/05
2º log. Mat. Sociologia
05/05
3º inf. Vesp. História

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Material complementar: O Trabalho na sociedade capitalista

O trabalho na sociedade capitalista: ao analisarmos o trabalho na sociedade capitalista, é importante deixarmos claro que não existe uma única sociedade capitalista, mas muitas, que se constituíram nas mais diversas regiões do planeta. Entretanto, o que elas têm em comum é a forma como a produção material se desenvolve. Desse modo, o que as define como sociedades capitalistas é a propriedade privada, o trabalho assalariado, o sistema de troca e uma determinada divisão social do trabalho.
Podemos afirmar que o trabalho se transforma em força de trabalho quando se torna uma mercadoria que pode ser comprada e vendida. E, para que ele se transforme em mercadoria, é necessário que o trabalho seja desvinculado de seus meios de produção, ficando apenas com a sua força de trabalho para vender. O trabalho assalariado existiu desde a Antiguidade, Mas não de forma extensiva como no capitalismo.
Vários fatores concorreram para que para a desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção. Na Inglaterra, os mais significativos foram os cercamentos das terras comunais e a exploração dos camponeses, o que permitiu a liberação de terras para a produção da lã. Bem como a expulsão de milhares de pessoas sem trabalho para as cidades – ambos os fatores indispensáveis ao desenvolvimento da indústria têxtil. Ou seja, pode-se dispor de muita matéria prima e, ao mesmo tempo, de um exercito de pessoas que possuíam apenas sua força de trabalho para vender.
Como processos complementares, encontrava-se o trafico de escravos africanos, a conquista e a pilhagem, principalmente do ouro e da prata nas Américas, e a exploração das colônias, assim como a guerra comercial que se travava entre as diversas nações europeias mediante a tributação e os protecionismos alfandegários.
Esses primeiros comerciantes/industriais, que tinham acumulado riquezas, para isso, financiaram e organizaram a produção de mercadorias através da coordenação do processo de trabalho dos artesãos. Essa coordenação aconteceu de duas formas: ou reunia os artesãos de um determinado ofício em um mesmo local de produção ou eles podiam trabalhar dispersos por vários locais, inclusive em suas casas. Entretanto, quem definia o que produzir e quanto produzir eram o dono do capital, isto é, aquele que financiava a produção.
A cooperação simples é o processo na qual os trabalhadores mantêm a hierarquia da produção artesanal, ou seja, entre o mestre e o aprendiz, entre os diaristas e também os mais jovens e os adultos. Nesse sistema, o artesão ainda desenvolve, ele próprio, todo o processo produtivo. Assim, ao produzir um sapato, ele o faz do começo ao fim – isto é, do molde ao acabamento final. A diferença é que agora ele esta a serviço de quem lhe financia não só a matéria-prima como até alguns instrumentos de trabalho, e ainda define o local e as horas a serem trabalhadas. Esse tipo de articulação da força do trabalho abre caminho para novas formas de produção, que começam a se definir como trabalho coletivo.
A manufatura ou cooperação avançada é a segunda forma de organizar a força de trabalho antes da forma especificamente capitalista. Na cooperação simples há uma coordenação dos processos de trabalho artesanais, em que cada um continua fazendo o que fazia nas corporações de ofício. Na manufatura há a dissolução inicial desses processos de trabalho baseado nos ofícios.
A manufatura é, pois, o segundo passo para que surja o trabalhador coletivo; ou seja, o artesão se torna um trabalhador que não possui mais o entendimento da totalidade do processo de trabalho e perde também o seu controle. Agora, ele trabalha para alguém que coordena as suas atividades e lhe diz quais operações que deve desenvolver para que outros façam outras operações, de tal modo que, no final, apareça um produto, uma mercadoria que não foi executada por um trabalhador em particular como na cooperação simples, mas que resulta das atividades de muitos trabalhadores organizados. Isso é o que se denomina trabalho coletivo.
Mudança na concepção de trabalho. Desde os gregos, para quem o trabalho manual era algo penoso e vil, que devia ser executado pelos escravos, passando pela tradição judaica, até épocas históricas mais recentes, como o período feudal, em que a igreja considerava o trabalho como resultado do pecado original, o trabalho manual foi sempre visto como uma tortura, conforme o próprio significado da palavra latina que lhe dá origem (tripallium, “instrumento de tortura”). Entretanto, as mudanças ocorridas nas relações sociais fizeram com que o trabalho passasse a ser visto como o criador de toda a riqueza.
A reforma protestante desenvolveu uma análise que alteraria o pensamento cristão sobre o trabalho, contrariando a visão do catolicismo, que mais tarde adotou posição parecida. Nessa nova visão, o trabalho aparece como o fundamento de toda vida, constituindo uma virtude, e um dos caminhos para a salvação. A profissão de cada um passa a ser vista como vocação, e a preguiça, como uma coisa perniciosa e má. Que se contrapõe a ordem natural dom mundo.
O sociólogo Max Webber, ao analisar a relação entre a ética protestante e o espírito do capitalismo, procurou mostrar claramente essa mudança de atitude em relação ao trabalho.
O trabalho passa a ser encarado como uma virtude, e, ao se trabalhar arduamente, pode-se chegar a ter êxito na vida material, o que é expressão das bênçãos divinas sobre os homens. Mas a riqueza gerada pelo trabalho, e depositada nas mãos de alguns homens, não deve ser utilizada para a ostentação ou mesmo para os gastos sem necessidades. O cristão protestante deve levar uma vida ascética, de costumes simples, e o que se pode poupar deve ser reinvestido no trabalho, dessa forma gerando mais oportunidade pra outros trabalharem.
A concepção puritana e protestante em relação ao trabalho vai servir muito bem á burguesia comercial e depois a industrial, que precisava de trabalhadores dedicados, sóbrios e dóceis em relação as condições de trabalho e aos baixos salários. Entretanto, quase concomitantemente ás reformas protestantes, há outro grande impulso para uma transformação radical na concepção de trabalho. Ele se dá quando a ideia de transformação da natureza pela ação dos homens passa a ser um dos temas centrais dos iluministas. Através da ciência, da técnica e das artes mecânicas se pode transformar a natureza. O homem domina a natureza por meio de seu  trabalho., seja ele manual, seja intelectual.  Essas duas posições alteram profundamente a concepção sobre o trabalho e são dominantes até os dias de hoje.
Trabalho e capital: uma relação conflituosa. A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias, não só pelo fato de incorporar as habilidades dos trabalhadores, mas também porque os subordina a máquina. Eles devem apenas ligar a máquina, manuseá-la e regulá-la. A fonte de energia está fora deles. Há, então, uma separação muito clara entre a força entre a força motriz mecânica e a do homem. Este, agora, serve a máquina, ela o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho. O trabalhador não necessita ter um conhecimento específico sobre algum ofício. Ele não precisa ter uma qualificação determinada. Sendo um operador de máquina eficiente, será um bom e produtivo trabalhador.
É nesse contexto que se pode analisar com mais atenção a questão do conflito e da contradição entre trabalho e capital pois é aí que aparece claramente o processo de exploração do trabalhador.
Aparentemente, o que vemos entre o trabalhador e o capitalista é uma relação entre iguais, isto é, uma relação entre proprietários de mercadorias, que se dá mediante a compra e venda da força de trabalho.
O trabalhador, ao assinar um contrato para trabalhar numa determinada empresa, está dizendo ao seu proprietário que está disposto a trabalhar, por exemplo, oito horas diárias ou quarenta horas semanais, por um determinado salário. O capitalista passa, a partir daí, a ter o direito de utilizar essa força de trabalho no interior da fábrica. O que ocorre, na realidade, é quem o trabalhador, em cinco ou seis horas de trabalho diárias, produz um valor que corresponde ao seu salário total, sendo o valor produzido nas horas restantes apropriados pelo capitalista; quer dizer, diariamente, o trabalhador trabalha duas horas de graça para o dono da empresa. O que se produz nessas duas horas a mais chama-se mais valia.  São as horas trabalhadas e não pagas, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente. Uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo denomina-se apropriação de capital.
Para obter mais lucros, os capitalistas aumentam as horas de trabalho, gerando aí a mais valia absoluta, ou, então, passam a utilizar equipamentos e diversas tecnologias para tornar o trabalho mais produtivo, decorrendo daí a mais valia relativa, ou seja, mais produção e mais lucro com o mesmo numero de trabalhadores, cujos salários continuam sendo os mesmos. Os conflitos entre os capitalistas e operários só começam quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando mais e que, no entanto, estão cada dia mais miseráveis.
Essa forma de analisar a questão do trabalho na sociedade capitalista foi desenvolvida por Karl Marx, no século XIX, que procurou demonstrar a existência de um conflito de classes entre trabalhadores e capitalistas, elemento este que é inerente á sociedade burguesa.
Existe, entretanto, outro pensador, Émile Durkheim, que analisa as relações de trabalho na sociedade capitalista de forma diferente. Na sua obra, divisão social do trabalho escrita no final do século XIX, procura demonstrar que a crescente segmentação do trabalho, resultante da produção industrial moderna, trazia consigo uma forma superior de solidariedade: a mecânica e a orgânica A solidariedade mecânica deriva da aceitação de um conjunto de crenças e de tradições comuns. Nesse caso, o que une as pessoas não é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas toda uma gama de sentimentos comuns. Quando a solidariedade mecânica está na base da coesão social, a consciência coletiva envolve completamente a consciência individual, tornando os indivíduos muito próximos pela identificação. Esse tipo de solidariedade era típico das sociedades nas quais a divisão social do trabalho era pouco desenvolvida, como as sociedades tribais, a graga ou a feudal. A orgânica ao contrário, pressupõe não a identidade, mas, antes, a diferença entre os indivíduos nas suas crenças e ações. O que os une é a interdependência das funções sociais, ou seja, a necessidade que uma pessoa tem da outra, em virtude da divisão do trabalho existente na sociedade.
É nesse contexto que se pode analisar com mais atenção a questão do conflito e da contradição entre trabalho e capital, pois é aí que aparece claramente o processo de exploração do trabalhador.
Aparentemente, o que vemos entre o capitalista e o trabalhador é uma relação entre iguais, isto é, uma relação entre proprietários de mercadorias, que se dá mediante a compra e a venda da força de trabalho.